segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Imagens de hoje, 08.11.2010, no Chame-chame - Base das rampas das passarelas.

Hoje tive a sorte de chegar ao Shopping da Barra no momento em que o carro-tanque estava terminando de lavar as bases das rampas, transformadas pelo público em mictórios a ceu aberto.  Claro que foi usada água, na qual estava contido um detergente com um cheiro qualquer, mas, apesar de tudo, mesmo depois da lavagem, aquele mau cheiro de àcido fênico com que se acorda bêbados em estado de quase coma alcóolico, fica no ar. Ocorre que, bem ali mesmo, tanto de um lado quanto do outro da avenida Centenário, funcionam dois pontos de ônibus e as pessoas são obrigadas a respírar aquele ar impuro, enquanto a prefeitura pensa que resolveu o problema. Não, não resolveu, mas todas as semanas o carro vai lá... Toda a urina depositada no local fica misturada com a água e o detergente e mais  o seu  mau cheiro já envelhecido e entranhado no local. Uma vergonha para uma cidade como a nossa ! Na Barra , local por onde transitam turistas do Brasil e do mundo inteiro ? . Não é a toa que os de fora acham que nós andamos de tanga pela cidade, de arco e flecha nas mãos e  que pensam que a capital do Brasil é Buenos Aires !
No terminal de ônibus da praça da Sé, quatro sanitários químicos, por enquanto, estão resolvendo o problema,  que já havia feito diversos anivesários... mas não é a solução definitiva...
Tá na hora, Sr. Prefeito, de pensar um pouco na cidade . Sei que ela é grande e que Salvador não é apenas a Barra e o Rio Vermelho,  mas, quem mandou se candidatar e ainda partir para um segundo mandato ? Faça algua coisa... A praia de Santana está necessitando de uma limpeza e de uma revitalização !

sábado, 6 de novembro de 2010

Os Orixás do Dique do Tororó - Coisas da Bahia

 
Os Orixás do Dique do Tororó - Salvador/Bahia



São 8 figuras criadas em metal pelo artista plástico Tati Moreno, que embelezam as águas do Dique do Tororó , um dos locais mais aprazíveis de Salvador , bem cuidado, e no centro da cidade . Elas parecem flutuar sobre as águas calmas e escuras da lagoa povoada de cisnes negros e patos brancos, onde se pratica os esportes de remo , pesca e até pedalinho. O local oferece tranquilidade absoluta e segurança, sendo dotado de todos os equipamentos necessários . No entorno da lagoa, são mais de 2.500 metros para a prática de corrida e cooper, entre árvores centenárias e majetosas. Nas estátuas de Moreno, estão as figuras de Oxalá, Ogum,Oxum,Iansã , Nanã , Iemanjá ,Xangô e Oxossi . No entorno da lagoa, entre as árvores, há outras do mesmo artista.

No momento, todo o conjunto encontra-se em fase de manutenção.



Foto de Sarnelli tomada em 06.11.2010Posted by Picasa

domingo, 24 de outubro de 2010

Viagem de avião e a vista de um por de sol lá de cima... Maravilha !

Viajando de avião e um belo por do sol visto de lá de cima

Tenho um amigo, vizinho, que acaba de chegar de uma viagem de lazer. Resolveu, e fez muito bem , ir ver as maravilhas do Rio de Janeiro onde foi recepcionado já no aeroporto por amiga de infância e se hospedou no apartamento de outra amiga também de infância . Quer dizer, além de ter estado na Cidade Maravilhosa, viveu dias de carinho e afeto de amigas de infância, carinho e afeto  que só podem nascer mesmo na tenra idade, antes que as atribulações da vida inculque interesses diversos na cuca de cada um,

Contou ele que foram dias cujas lembranças vai guardar para o resto da vida.

Na minha maneira de ver, aconselho a não repetir o passeio, pois tenho a impressão de que não será igual. Esse que acabou de fazer foi único e irrepetível...

Ele andou escrevendo alguma coisa e focou no assunto da viagem , que  teve que passar a pão e água.. Nos vôos de hoje é assim mesmo - te dão apenas uma barrinha de cerreais e algum refrigerante . Disse que chegou ao Rio vendo tudo azul de tanta fome . O Rio já é bonito por si , ainda mais estando tudo azul, uma maravvilha, o que é que ele poderia desejar mais ? Como já havia morado na Cidade Maravilhosa, conhecia bem  o local ,  tomou o caminho de uma lanchonete especializadas em esfihas, mas, antes, engoliu um copo de suco de manga que, de tão denso , chegou a ser pastoso. Assim, matou quém estava lhe matando e já refeito do jejum aéreo , passou a curtir a sua estada no Rio...

Sem mencionar o fato de que a avenida Otávio Mangabeira não existia e que para ir ao aeroporto era preciso utilizar a estrada antiga aberta pelos americanos no tempo da guerra......cheia de curvas e precipícios , vou contar como a coisa foi em tempos um poucos mais atrazados. Já era mesmo uma viagem chegar até o aeroporto saindo do Rio Vermelho, atravessando a cidade para pegar aquela estrada sinuosa. Lá, no campo de aviação ( não era aeroporto ) , não tinha nada mesmo. Era apenas uma construção singela que mal atendia às necessidades das empresas e dos passageiros . Os Douglas , bimotores, ainda eram abastecidos diretamente dos tambores de 200 litros. Subir ao avião , era através de uma escadinha de quatro ou cinco degraus e logo aí você recebia uma caixinha de papelão branco contendo o seu lanche para a viagem . Claro que não faltavam os saquinhos para aqueles momentos difúceis em que o Douglas entrasse nyn vácuo e sofresse uma queda violenta , momento em que dava a impressão de que o coração estava saindo pela boca e o estômago não resistia e devolvia todo o lanche , daí, o saquinho .. . Cheiro ácido dentro da cabine, não podia ser de outra maneira, pois a maioria dos passageiros enjoava.

Bem, os Douglas eram ainda aqueles aviões que se apoiavam na pista com o rabo no chão , onde tinha apenas uma rodinha. Estacionava inclinado .

O barato, era pegar uma poltrona junto à janela, para você ficar monitorando as nuvens ( o bicho voava baixo. Não era como os jatos de hoje que andam lá por cima de 10 mil metros de altura ) e não tinha, na época,  a frescura da cabine pressurizada. Dentro do avião, as aeromoças ( que saudade ) te davam logo na decolagem , algodão para os ouvidos, chichetes , e uma embalagem para quem tivesse uma caneta-tinteiro no bolso interno do paletó. A tinta vazava... Parecia que o espaço estava cheio de buracos, pois o avião balançava e caía constantemente....Era muito fácil você viajar com zumbido nos ouvidos ou até mesmo dor de ouvido. Sim, falando das nuvens. Você as observava à medida que iam chegando e já ficava sabendo quando iria ter uma queda . Dava até para você se preparar......

A viagem , era mesmo um pinga-pinga. Onde os pilotos vissem , até mesmo um campo de futebol, estavam descendo, provavelmente para participar da pelada ou apanhar mais um pouco de combustível. Numa das minhas viagens , lá pelos idos dos meus 20 anos , para São Paulo , foi preciso acordar às 4 da mattina, pegar o caminho do aeroporto , processar a bagagem e até me pesar. Sim, naquele tempo as pessoas eram pesadas e a bagagem era, rigorosamente, controlada , para que pudessem calcular o peso que a aeronave estava recebendo... Demorou uma eternidade para que o Douglas chegasse a Ilhéus. Na subida um dos dois motores, o da direita, pegou fogo mas foi só um pequeno susto. Uma eternidade depois, estávamos descendo no meio do mato. Procurei saber onde estávamos. Pedra Azul, sabem onde fica ? Nas Minas Gerais...Outra eternidade depois, anunciaram que estávamos sobre B.H.Zonte onde ficamos não sei quanto tempo. Nova decolagem com destino ao Rio de janeiro e depois mais uma até Sampa onde fui chegar às 18 horas , sendo recebido por um primo de meu pai. Era um passeio, mas o começo não foi nada legal.

Hoje, você ainda ouve pessoas reclamando das barrinhas de cereais e do pacotinho de 15 gramas de amendoim que recebem a bordo dos jatos modernos. Reclamam ainda do espaço entre uma poltrona e outra, mas não levam em conta de que se faz o trajeto São Paulo-Salvador em exatamente duas horas, em cabine pressurizada com ar condicionado e pagando passagens baratas que já chegam quase a rivalizar com as dos ônibus. É verdade que os serviços de bordo evoluíram bastante em outros tempos. Você recebia almoço quente e hoje involuíram para o pacotinho de amendoim...O maior problema mesmo ao viajar de avião, é o tempo que você perde para os deslocamentos em terra e com os procedimentos de embarque. Você gasta mais tempo esperando, do que mesmo viajando em certos trechos. Certo que esta minha observação não se aplica aos trajetos de longo curso.

Tivemos os Douglas, os Convairs, os Constelations , os Skymasters , os Caravelles,  já a jato, e outros tipos de aviões , mas hoje, com as novas gerações, não temos mais do que  reclamar,  ainda mais com as passagens a cada dia ficando mais baratas...e o conforto  de uma viagem rápida.  Para quém andou nas carroças de antigamente, hoje  é uma tranqüilidade . Você tem um vôo suave, podendo até dormir sem os sustos das quedas nos vácuos , sem se incomodar ao  ver o seu companheiro do lado vomitando até a alma e esperar ser acordado no destino por uma aeromoça de postura profissional...com aquele sorriso quase querendo dizer: chegamos, acorda babaca !

Sarnelli, em 07.10.202
É, era assim mesmo

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Passeio à Ribeira com travessia da Enseada dos Tainheiros em barco-motor


 Enseada dos Tainheiros –

Na semana passada eu ouvi um comunicador da TV colocar no ar que a Ribeira, lugar desde  outrora aprazível , estava sendo transformado em cemitério de barcos e fiquei curioso, mesmo porque , além de conhecer o local, não tem muito tempo que estive lá...

Foi então que me deu vontade de voltar e tive a feliz idéia de convidar um amigo quase vizinho aqui do Parque, Temos mais ou menos o mesmo temperamento e interesses . Foi assim que marcamos para a próxima segunda , que foi hoje , às 8,30 em ponto. Foi, exatamente, assim que aconteceu. Nesse horário, para fugir do tráfego intenso , fui me enfiando por vias conhecidas e , na prática, criando atalhos que me economizaram bastante tempo.

Ao chegar, a primeira parada foi em frente ao ancoradouro dos barcos . Barcos de todos os tipos. Yachts, saveiros transformados em escunas, catraias , um verdadeiros paliteiro de mastros uns bem mais altos que outros . Bem pertinho do Clube dos Saveiros que, na realidade, existem poucos , na máximo uns 7, segundo dizem. Os saveiros eram barcos que emprestavam muita poesia à Baía de todos os Santos e eram eles que movimentavam a economia baiana em outros tempos levando e trazendo produtos do recôncavo. As auto-estradas, decretaram a morte de tal meio de transporte. Somente uns poucos felizardos como eu podem se lembrar do espelho de águas azuis reluzindo ao sol tropical ,  com saveiros trafegando em todos os sentidos , embora o vent soprasse numa se só direção ,  e o congestionamento deles na Rampa do Mercado Modelo e na Feira de Água de Meninos.

Bem eu estava dizendo que já havíamos chegado à Ribeira. O meu amigo , que nem pode imaginar comida por perto, me perguntou sobre uma famosa sorveteria, se ainda existia. Claro, existe e tanto existe que ele se pagou um belo sorvete não sei de que,que  ia lambendo enquanto nos endereçávamos para estação de embarque da lancha que nos transportaria para o outro lado do braço de mar . Ouvi um som, apenas um som , pronunciado por uma das quatro pessoas que haviam terminado de descerem de um táxi . Virei-me e perguntei : italiani ? Si, me responderam . Deu para conversar um pouquinho.

Fizemos um pouco de hora , tomamos a embarcação das 10,10 .

Em alguns poucos minutos estávamos desembarcando no terminal do outro lado, onde iríamos ter pouco tempo. A embarcação de volta zarparia às 10,35 . Passeamos, fizemos fotos e resolvemos explorar uma passarela que cobre as linhas de trens. Pura esculhambação, como tudo que está acontecendo em Salvador. Não há manutenção de nada em parte alguma . O próprio trem que sai de Paripe só chega até Plataforma porque a ponte de ferro que acompanha os trilhos desde a estação principal na cidade, está interditada e em risco de desabar. Ou seja, quer dizer. Eu, que a conheço, no mínimo há 70 anos, nunca tomei conhecimento, de que tenham feito uma manutenção numa ponte que deve, no mínimo, ser centenária. Um belo presente de grego que o governo federal passou para a prefeitura, de uma prefeitura que não anda bem sobre as pernas, sob a alegação de que a linha só serve a localidades do subúrbio...

Enquanto isso, o metrôzinho não sai...

Bem, nos distraímos com fotos e olhando a movimentação quando, da lancha, surgiu o primeiro apito. O amigo se movimentou e foi na minha frente mas como tudo aqui é mesmo na base do “ mermão” , o pessoal da lancha esperou que eu chegasse.  Do outro lado, apanhei o carro para realizar o retorno mas por um caminho diferente , e fomos parar no Forte de Monte Serrat , também montado sobre um promontório elevado e dominando uma bela paisagem da Baía de Todos os Santos, um mar verde e calmo, com dezenas de navios ancorados, divisando-se  algumas ilhas, predominando a ilha de Itaparica e um lindo visual da cidade e seus edifícios na parte de Salvador.

 Adivinhem quem  encontrei ? Se disseram : o mesmo grupo de italianos, acertaram ! Nem eu nem eles estávamos para muita conversa, embora tivessem sido gentis e simpáticos.

Ficamos pouco tempo por lá e rumamos de volta,  com sorte, porque não tivemos problemas no tráfego . Deu para chegar na hora do almoço. O companheiro estava com o estômago forrado por aquele baita sorvete que pegou na sorveteria mais antiga da cidade e especializada em sorvetes de frutas , ao natural, é preciso que eu diga. Mas eu não...e ainda tive que esperar cozinhar o macarrão !

O passeio foi mais uma desculpa para matar o tempo e, de certa forma , mesmo sentimental. Costumava fazê-lo com o meu avô , só que atravessando o braço de mar em canoa. Hoje tínhamos motor . Foi engraçado, que o meu companheiro a quem vou me referir como Cris ,
perguntou ao piloto: esse barco só tem um motor ? Ele respondeu que sim e eu acrescentei: se falhar, a gente empurra !...

Será que ele estava com medo ?


Sarnelli em 16.08.2010


quarta-feira, 30 de junho de 2010

História de pescador


Visão parcial do rio Vermelho - em destaque a Pedra da Concha

na reunião de ontem , em homenagem ao dia dos pescadores e de São Pedro , na BPJMjr , um dos pescadores presentes contou a seguinte história :
um senhor , pescador profissional, costumava sair todos os dias com a sua jangada, que hoje não se vê mais nas águas de Salvador, em direção ao seu pesqueiro e deixava o seu filho pescando das pedras com a sua varinha... Durante algum tempo a coisa funcionou, mas a pesca junto à costa foi rareando e o menino , cada dia mais tinha mais vontade de ir com o pai . Tanto falou, tanto pediu, que o pai consentiu, mas sempre avisava que era preciso muito cuidado, mesmo porque, no pesqueiro, ele mergulhava para arpoar os peixes lá no fundo.
Sempre conseguia uma boa pescaria...
Um dia , o garoto mergulhou e arpoou um belo “ dentão “ mas, no momento em que ia subir, notou um movimento diferente na água . Olhou para cima e viu uma enorme mancha . Reconheceu , de imediato, um enorme tubarão ! Devia ter uns sete metros , coisa monstruosa , de meter medo aao mais corajoso dos pescadores, mas, fazer o que? Ele precisava de ar. Precisava subir ! Foi subindo, vagarosamente, sob os olhares vigilantes do tubarão...
Quando garoto chegou bem perto da fera, o tubarão lhe disse: olha, só não te como , porque conheço, há muito tempo, o seu pai...
.Ufa !
Recontado por Sarnelli
Em 30.06.2010!