segunda-feira, 8 de junho de 2009

Rua Oswaldo Cruz , R.Vermelho - 10 hrs manhã


Foto clicada de dentro de um ônibus




Alerta às autoridades

Desde que foi anunciado que Salvador será uma das 12 cidades sede da Copa do Mundo, vem o governo e anuncia , bradando aos ventos, que a Copa será aqui em Salvador, dizendo apenas 1/12 da verdade...Sim, teremos Copa em Salvador e em mais 11 capitais brasileiras... Portanto, a publicidade lançada no ar, está sendo , no mínimo , manipulada no estilo dos políticos...

Agora, ainda temos cinco anos para preparar a cidade para receber as partidas que foram reservadas para a nossa cidade, vamos nos divertir, vibrar ,mas isso demanda muita programação, dedicação , sobretudo, trabalho sério.

Vai ser muito bom , já que muita coisa tem que ser feita e haverá a necessidade de mão de obra , trazendo muitos benefícios para a população . Essa é uma das vantagens de ser uma das cidades sede da festa. Depois que tudo passar, ficaremos com o que foi feito , inclusive com uma Fonte Nova nova . Muita gente já começou a sonhar e viverá em função da Copa , desde agora. No entanto, é bom que saibam que a Copa não acontecerá somente em Salvador . Não é como estão anunciando na TV . Salvador, será , sim , apenas , uma das 12 cidades onde ela acontecerá ... Sim teremos parte da Copa e vamos sonhar com ela...Bem que o merecemos. No entanto , o que deve ser feito para receber a Copa com sucesso , é muita coisa e, certamente , que as nossas autoridades e os nosso especialistas saberão exatamente o que têm a fazer e em tempo útil, para que ela não venha a ser um fracasso... E espero que até lá o nosso mini-metrô consiga mesmo sair do papel, nem que seja enferrujado...e colocado a rolar nos trilhos...

Já que acabei de falar num meio de transporte, vale lembrar , ainda em tempo, quem sabe, que o trânsito de veículos deve ser bem planejado e adotadas as providências com as obras que se fizerem necessárias para que tudo aconteça direito. É dentro desse contexto que chamo atenção para a importância de voltar os olhos com seriedade , também , para os problemas que o Bairro do Rio Vermelho já atravessa , uma vez que se tornou uma área de passagem importantíssima e por onde , durante os dias inteiros das semanas, trafegam todos os veículos procedentes de Stela Mares, Aeroporto , Itapoã , Patamares , Jaguaribe, Boca do Rio , Pituba Amaralina, etc., nos dois sentidos , utilizando apenas as duas vias que temos na orla com um desdobramento , na Mariquita , para a Rua Sen. Pedro Luiz que, por sua vez se Liga com a Vasco da Gama e a Av, Garibaldi,trazendo e levando tráfego para a Rua Lucaia . Se hoje já é uma loucura, imaginem daqui a cinco anos ! O Rio Vermelho de hoje, é um verdadeiro corredor da Lapinha que, felizmente, não existe mais . Tem muito trabalho pela frente pessoal . Não é só festejar a escolha de Salvador como uma das 12 cidades sede da Copa do Mundo e deixar o tempo ir escorrendo. Há muito o que planejar e a realizar , em tempo útil , é claro. E que se apressem, para depois não ser preciso andar a toque de caixa. Não vão valer as desculpas de que não houve dinheiro e que o tempo foi curto ... Ah..., vale insistir no nosso metrô-mirim...A hora é de falar pouco, arregaçar as mangas e trabalhar !... Em Salvador, também vai haver Copa do Mundo !

A foto que ilustra este artigo, foi clicada esta manhã na rua Oswaldo Cruz, à altura do Supermercado Bompreço, aproximadamente às 10 horas.

Sarnelli , 07.06.2009



sexta-feira, 5 de junho de 2009

Mistura perigosa : álcool e volante !


O pior não é morrer: é matar alguém e ainda passar o resto da vida numa cadeira de rodas , além das consequências que os acidentes provocam !

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A nova Centenário e crônica de Reinhard





Avenida Centenário

Frequentadores do Bistrô PortoSol, que moram pelo lado do Chame Chame e Sabino Silva, me confirmaram que com todas as chuvas que caíram na cidade ultimamente, as obras de drenagem do canal da Av. Centenário passaram no teste. Os alagamentos, capazes de parar o trânsito, pertencem à história, afirmaram. Mais um ponto positivo para o prefeito João! Aplausos para o João, já que considerei aquele investimento uma obra corajosa!

Pessoalmente tenho passado pela Av. Centenário somente depois das chuvas, sentindo uma pontaça de inveja, como invejo a arborização do Jardim Brasil.

Ah, se o poder público cuidasse do Porto da Barra, das ruas internas, como a Av. Princesa Isabel, a Rua Marquês de Caravelas e adjacências, as ruas Afonso Celso e a rua Almirante Marques de Leão - que muita gente erroneamente chama de Marquês de Leão - e a rua Miguel Burnier... como tem cuidado da Av. Centenário... onde cheguei a ver até Guardas Civis.. por duas vezes... juro... faz tempo.

O que se vê na orla do Porto da Barra é o mais perfeito mangue! Um mercado persa, um pandemônio! Gente instalando bares improvisados no passeio, encostando carros com som estridente e exageradamente alto, ambulantes e camelôs por todo lado impedindo pedestres de andar... um inferno!

Pior: as mudinhas de oiti mirradas, plantadas há meses, continuam sem o devido cuidado... Minto... apararam a graminha nos respectivos canteiros. As árvores em si continuam na mesma, algumas jamais vão vingar, outras já morreram. No natal vou dar umas bengalas de cego para o pessoal de Parques e Jardins.

Também vou mandar botar um ebó para aquela gente sem noção que insiste em colocar shows para farofeiros na Barra!

Me aguardem! Vem mais bronca por aí...

Reinhard Lackinger

p.s. Sua bronca você pode colocar no fórum de debates do site da AMABARRA www.reg.combr.net/amabarra.htm Abraços

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Não resta dúvida, pelo menos para mim , de que todo aquele trabalho transformou a Centenário numa das mais belas avenidas da cidade, mas que foi uma obra eleitoreira, foi ! Ninguém me convence do contrário. No entanto, se foi, foi - se não foi, não foi . O, fato é que ficou um saldo positivo que valorizou toda aquela área. Daí, alguns moradores de Salvador festejam a sorte e outros, como os do Rio Vermelho, lamentam que o bairro que está completando 500 anos neste 2009, tenha sido esquecido totalmente e esperam que o Prefeito , antes de se envolver em outras pretensões políticas, se lembre de realizar alguma obra de porte por aqui. Uma dica, Sr. João . O Rio Vermelho se transformou num bairro de passagem e está cercado de tráfego por todos os lados. É preciso projetar , e com urgência, uma solução, antes que aconteça um nó por aqui ...Pelo menos começar agora, porque não é obra para uma só gestão...O Rio Vermelho atual, é algo como, digamos, o Corredor da Lapinha , foi um dia. É um trabalho , realmente, de porte.

Sarnelli 03.06.2009


segunda-feira, 1 de junho de 2009

Crônicas do Reinhard




A fazenda Jequitibá que eu conheci - esta crônica está sendo levada ao ar com a concordância do seu autor . Foto baixada da Internet .



A fazenda de Jequitibá, que até os anos 30 do século passado pertencia a Plínio Tude, fica no Município de Mundo Novo, uns 350k de Salvador. O nome daquele local veio de um gigantesco pé de Jequitibá em meio a uma vegetação repleta de carrapatos...

Por volta de 1937, Dona Isabel Tude, viúva do falecido Plínio Tude doou a propriedade a uma ordem religiosa, dando também aos padres a missão de ali instalar escolas e ensinar aos pobres lavradores e respectivos filhos a ler, escrever, ser cidadãos... religiososs... e técnico a partir dos anos 60 com a vinda de jovens profissionais como eu e verbas da Europa.
Primeiro e nos anos 30 vieram monges austríacos do mosteiro de
Schlierbach / Alta Áustria - Ordem dos Cisterciênses... primos dos
beneditinos, por assim dizer - cujo lema também é ORA ET LABORA.

Não sei porque tinham de construir naquela região - onde só havia alguns casebres de taipa - bem no alto daquele morro, um monstro de prédio igual aos mosteiros da Europa de séculos passados. A construção com muros de pedra de dois andares está lá até hoje para quem quiser admirar. A bem da verdade, há apenas meio prédio de dois andares em forma de um "L", com outras construções mais modernas justapostas. Vale ressaltar que os claustros e as celas de monges eram feitas de paredes de quase meio metro de espessura... Em torno do conjunto dos prédios ocupados pela população celibatar de Jequitibá há um imenso pomar parecendo um paraíso... A partir do pé do morro há casas de trabalhadores, a escola Sto António e Escola Sta.Isabel e desde a minha chegada os três galpões de oficinas da escola agro-industrial.

Na época eu era o mais novo habitante daquele mosteiro lá no alto da colina. Me deram uma daquelas celas no térreo ao longo do claustro para morar. Cada cela dessas até hoje contém uma cama com criado mudo, uma mesa, uma cadeira, um guarda-roupa e uma pia com água potável. Em 1969 ainda não havia latrina nem chuveiro naquelas celas. Ao sentir algum peso no baixo ventre, era preciso sair da cela e caminhar uns 20 metros para um cubículo, onde também eram guardados os arreios para cavalos e
onde havia insetos que até a então eu não conhecia. Baratas.. enormes baratas. Havia um agravante... acordar de manhã com vontade de urinar e aquela alteraçãozinha anatômica peculiar que essa vontade costumava provocar... Não dava para andar pelo claustro daquele jeito... O jeito era recorrer à pia. Havia a pia.. não havia?

Dizer que a cela era espaçosa era um eufemismo e tanto. Ela media uns 40 metros quadrados... e uns 240metros cúbicos de tão alto era o pé direito. Dava para praticar arremessos de cestas de três pontos sem sair da cama... e por falar em basquete... o peitoril das janelas estava tão alto do chão que não dava para ver o que se passava do lado de fora... Se enxergava apenas umas nuvens e um ou outro urubu voando baixo... a não ser que o ocupante da cela jogasse na MBI ou na seleção brasileira de basquete ou de vôlei. Era horrível e inóspita aquela cela que com
tempo decorei a minha maneira... um tanto mundana, porém sem torná-la parecida com uma oficina de borracheiro...

Não havia nenhuma comunicação com o mundo externo. Tanto para Mundo Novo quanto para Ruy Barbosa eram umas 7 léguas e só se chegava lá de carona, de trem - cujo horário quase nunca coincidia com as nossas necessidades - ou à cavalo.

Jequitibá, desde o primeiro momento era para mim uma espécie de
Alcatraz, uma Guantanamo... Os outros europeus que moravam ali vinham da zona rural da Áustria, enquanto eu era urbano até a medula, costumava frequentar cafés, casas de espetáculos e era acostumado a uma relação de trabalho com cartão de ponto e um sindicalista por metro quadrado de chão de fábrica, enquanto os demais eram acostumados a seguir as ordens
de um fazendeiro... 24 horas por dia. Eu era um peixe fora d´água!

Não tive muito tempo para pensar nisso. Havia muito a aprender e
a trabalhar, instalando máquinas e preparando material didático para o início das aulas.

Também conheci o tal pé de Jequitibá. Na volta tentei me livrar de uns pontinhos quase invisíveis a olho nu... mas nenhuma água com sabão era capaz de me livrar daqueles carrapatos... criaturas do inferno.

Qualquer hora conto mais sobre aqueles meus primeiros dias no Brasil há 40 anos... e até sobre o Zé do Covão. Ora pro nobis

Reinhard

Lackinger