sexta-feira, 31 de julho de 2009

Mais uma crônica do Reinhard



Esta foto que ilustra esta postagem nada tem a ver com op texto. Ela foi clicada de dentro do Forte de São Marcelo e mostra parte de Salvador, vista do mar.



Os prejuizos que a burocracia causam...

Hoje estou colocando no ar um artigo de um amigo meu , o austríaco mais baiano que conheço , ferrenho defensor das coisas do seu bairro, a Barra , e de qualquer outro , e ainda qualquer coisa a mais que se refira a Salvador. Para quem não identifica o termo “ comércio” usado por Reinhard, esclareço que é a parte baixa da cidade , a mais antiga, boa parte recuperada ao mar , onde funcionou por muito tempo o alto comércio baiano e onde está também o porto marítimo. Com o tempo , as empresas que funcionavam no espaço foram se deslocando para novos centros e os casarões sofrem com o abandono dando vez ao tempo que os vai consumindo. Como são prédios tombados , nada acontece à medida que o tempo vai passando e degradando-se por falta de manutenção e , principalmente, por culpa da burocracia... Lei o desabafo do amigo .


Deterioração do comércio


Não conheço os projetos do pólo hoteleiro na cidade baixa, nem tenho idéia exata do impacto real causado pela ampliação do aeroporto 2 de Julho...

Venho formando opiniões à luz do que presenciei desde quando participei do Conselho Municipal do Meio Ambiente em meados da década de 90.
Lembro do alvoroço dos ambientalistas pelo fato de haver necessidade de mexer com meia dúzia de metros cúbicos de areia para concretizar a Marina da Av. do Contorno.
Votei a favor do projeto e vejo que o espaço ficou bom... até agora...
Na mesma época, um parque aquático instalado na Av. Paralela deveria disponibilizar uma APA, uma área de proteção ambiental prevista no projeto original. Algo que nunca saiu do papel, nunca foi feito. Quem como eu ficou esperando algum estardalhaço por parte dos ambientalistas ou do então secretário do meio ambiente, ficou frustrado. Houve apenas um muxoxo... e olhe lá!

Nos últimos anos pouco mudou! Sei que ainda existem grupos ambientalistas porque alguns são amigos meus. Só por isso. Não por brigarem contra a "desmatança" ao longo da Av. Luis Viana Filho, conhecida por Av. Paralela.
E tome-lhe Alphaville, Betaville, Deltaville... Ômegaville... e os mostradores ultrasensíveis dos novos decibelímetros adquiridos com o dinheiro do contribuinte nem se mexem... Durante todo esse desmatamento comparável ao que acontece nas novas fronteiras agrícolas no Pará e no Mato Grosso, os nossos ambientalistas têm feito um silêncio tamanho que daria para ouvir um pum de uma cotovia!
Agora, que o Aeroporto 2 de Julho precisa ser ampliado, os ambientalistas estão de volta para defender o que caçambeiros costumavam carregar num único dia. É o que me contam os periquitos, cuja revoada se instalou ultimamente nos telhados dos prédios ao longo da Rua 8 de Dezembro... depois de serem expulsos de uma dessas Gamavilles!

Saudosista incorrigivel que sou, gosto de andar pelo bairro do Comércio. O que não gosto é de ver escombros de prédios que outrora conheci altivos e majestosos.
Ai de quem ouse apresentar um projeto de um hotel! Esse alguém será excomungado, trucidado, esquartejado.
A impressão que se tem é: *cair de podre pode! *O que não pode é construir alguma coisa que seja viável! Será isso mais uma maluquice para o meu caderninho comprado lá pela Praça Conde dos Arcos antes de comer um sanduiche de pernil nos meus amigos Manolo e Fernando ou tomar um caldo de feijão no Colon de Juan e Mara, pais do futuro campeão de F-1 Juan Manoel?

Será que um pólo hoteleiro na Península Itapagipana não representaria um beijo na Bela Adormecida para revitalizar uma parte da cidade estagnada há décadas?

Todas essas maluquices me lembram uma canção de um "patrício" meu.
Lembram Eduardo Dusek cantando:"troque o seu cachorro por uma criança pobre...".
Que tal a gente trocar nossas utopias por uma cidade viável e moderna?

Reinhard Lackinger

Postagem autorizada pelo autor Sarnelli

31.07.2009







sexta-feira, 17 de julho de 2009

Sobre os aposentados...

Aqui, a aposentadoria, é um prêmio ou um castigo ?

Todos nós passamos a vida inteira contando, na regressiva, os anos que faltam até que cheguem o mês e o dia da aposentadoria para, finalmente realizarmos alguns sonhos, descansar e curtir a família sem mais a preocupação de termos que seguir aquela rotina de décadas de ida e volta ao trabalho e a obrigatoriedade de conseguir a grana para a manutenção da família. Sonhamos em curtir os netos aproveitando os últimos dias que nos restarão, se chegarmos lá... E, assim, os anos vão passando até que o dia esperado chega e se possa cumprir as formalidades legais para, finalmente, sentir que está afastado daquela vida de trabalhos, de sacrifícios em transportes inadequados, de suportar patrões com pretensões absurdas, mas manda quem pode, quem precisa obedece, e , então, a vida vai rolando, mas chega o dia...

Quando, finalmente, você consegue a liberação para vestir o seu pijama ou a bermuda com o seu tênis modesto e o boné, curtir alguns dias de felicidade que duram pouco, porque uma nova rotina entra logo na sua vida, chega a realidade a ser enfrentada... além do fato de que você já virou comprador de temperos...

Começa que os que já estavam aposentados, vêem ano a ano o seu salário ser achatado, perdendo poder aquisitivo em relação ao mínimo, que tem tido o privilégio de percentuais maiores. Dá para entender essa jogada e também aquela das bolsas... Tudo bem. Mas, este ano, pelo menos até agora, nem sinal de um reajustesinho... Ficou tudo como antes no quartel de Abrantes!... E, o pior, é que nem dá para reagir. Fazer o que, uma Greve? Onde já se viu aposentado fazendo greve? Inusitado, não?...

A aposentadoria começa, então, a ser um castigo, porque, alem de ter de cuidar da própria saúde, ele não está recebendo o salário que recebia quando estava na ativa. Aquele pouco que recebe não dá, para enfrentar custos sempre mais elevados na farmácia e do resto que o dia-a-dia requer. Na prática, o governo toma de novo aquele pouco que dá, obrigando-o a pagar um plano de saúde que não são todos que podem sustentar... e acabam desistindo! Alguns remédios, se conseguem, mas é uma outra novela . Mais filas e ... mais sacrifícios...

O jeito é apertar o cinto cada vez mais... Na verdade, o governo tem toda a responsabilidade, porque, de acordo com a Constituição, Saúde, educação e moradia, são de sua responsabilidade, mas ,cuidar da saúde no SUS, indo para a fila às três da madrugada para pegar uma senha afim de marcar uma consulta, esperando uns 90 dias? E, quem sabe, até mesmo morrer na fila ou antes de chegar o dia da consulta? Se, realmente tiver a sorte de conseguir a consulta, sai de lá com uma receita e sem dinheiro para comprar os remédios... Se ficar, o bicho come, se correr ele pega mesmo.

E, se houver uma greve dos serventuários? Começa tudo de novo? Acabamos de ver a queda de braço entre o governo do estado e a Prefeitura, que inauguraram 12 postos de saúde sem que estivessem funcionando... É brincadeira? Como confiar nos governos?Escutar o que eles dizem que estão fazendo pela televisão? Não esquecer que obedecemos a três deles, é mole? Ah...a educação?Há seis meses que milhares de alunos estão sem aulas... E moradia? Todos estamos sabendo como é difícil se conseguir uma, ainda mais porque a população cresce cada vez mais e as poucas que são construídas não dão conta da produção.

Na prática, o governo toma de novo, tudo o que dá... quando muda a regra no meio do jogo e nos obriga a pagar por um plano de saúde caríssimo e que não cobre todas as eventualidades. Remédios? Terão que ser comprados. Alguns são distribuídos, mas dá um trabalhão danado e é , praticamente, a mesma coisa que você ir para uma fila do SUS. Sabemos que, quem depende do SUS, com a saúde desorganizada como está, está frito...

Não bastasse o governo, ainda temos que nos preocupar quando vamos apanhar o minguado dinheirinho no banco , com os assaltantes que praticam a tal da saidinha bancária... Por sermos idosos , somos as vítimas preferidas dos malandros, que jogam com a vantagem da surpresa e com a nossa quase nenhuma capacidade de reagir devido a idade e mesmo pela inconveniência da reação.

Pensando bem, até que os idosos conquistaram o privilégio de circularem nos ônibus municipais sem pagar as passagens, mas, como nem tudo são flores, precisam enfrentar alguns motoristas que se comprazem em deixá-los nos pontos e ainda se riem disso, além daqueles que são, realmente grosseiros. É claro que há uma gama imensa de motoristas atenciosos. Mas, há outros, no meio deles, que humilham as pessoas que têm os cabelos brancos ou alguma dificuldade para subir naquele degrau alto da porta da frente do veículo.... muitas vezes precisando de uma ajudazinha.

Ah... estava esquecendo algo que talvez possa ser importante. O portador de DNA (Data de Nascimento mais Antiga) ainda pode pagar meia entrada no cinema ou em um eventual espetáculo de teatro...

Se fosse só isto? Mas, finalmente, a constatação mais dolorosa. O indivíduo que alcança uma certa idade passa a não ser mais gente e é esquecido por todos. Toda a experiência preciosa de uma vida, de trabalho, também é descartada pela sociedade atual. Alguns idosos ainda conseguem um “biquinho” numa empresa e servem para pagar contas em bancos, porque, além de não pagarem passagens em ônibus, têm a preferência na fila para quitar uma carrada de faturas que os próprios bancos não deveriam aceitar naquele guichet !...

Todos os governos se omitem em relação aos idosos. Todos, sem exceção (repetindo: não esqueçam que somos governados por três deles), porque não tenho notícias, pelo menos por aqui, na nossa cidade, de uma instituição oficial seja Federal, Estadual ou Municipal que se interesse pelos cidadãos da terceira idade que são lembrados apenas nos anos de eleições. Aí, sim... Aquele votinho de barba e cabelos brancos, tem o mesmo peso do daquele jovem vigoroso de trinta e poucos anos...Vale quanto pesa !

Ah, o detalhe: se o cabeça branca tiver boa tramitação nas repartições públicas, arranja logo um cargo de secretário não sei de que... e fica tudo arranjado !

Mas dar uma assistência, criar algo que possa acolhê-las como pessoas capazes que são, ninguém se lembrou ou não interessou !

Só para lembrar: na Europa, os maiores de idade, merecem o maior respeito por parte das autoridades, que promovem todos os meios necessários para que eles possam ter um resto de vida digno e sobretudo, serem, ainda, úteis para a sociedade, repassando para a geração futura toda a sua experiência. Enquanto isso, pode até se reunir com os amigos, numa sala ou num clube para conversar, jogar um dominó, uma partidinha de cartas, tudo por conta das suas contribuições do passado, e até conseguir uma excursão de férias a preço favorecido e com pagamento facilitado. O cidadão está fora do mercado, sim, mas não é um inútil. Abriu espaço para um outro que veio depois dele, só isso... Não é abandonado pelo estado, goza de respeito, tem saúde e assistência social ...

Vou seguir o conselho que dão aqui quando chega um turista. Lhe dizem :”sorria , você está na Bahia !” . Me esqueci disso! Também de que estou no Brasil... Acho que estou sonhando. Gente, alguém por aí, quer fazer o favor de dar um grito? Me acordem , mas não riam de mim!

Sarnelli

15.07.2009

Sobre os aposentados...

Aqui, a aposentadoria, é um prêmio ou um castigo ?

Todos nós passamos a vida inteira contando, na regressiva, os anos que faltam até que cheguem o mês e o dia da aposentadoria para, finalmente realizarmos alguns sonhos, descansar e curtir a família sem mais a preocupação de termos que seguir aquela rotina de décadas de ida e volta ao trabalho e a obrigatoriedade de conseguir a grana para a manutenção da família. Sonhamos em curtir os netos aproveitando os últimos dias que nos restarão, se chegarmos lá... E, assim, os anos vão passando até que o dia esperado chega e se possa cumprir as formalidades legais para, finalmente, sentir que está afastado daquela vida de trabalhos, de sacrifícios em transportes inadequados, de suportar patrões com pretensões absurdas, mas manda quem pode, quem precisa obedece, e , então, a vida vai rolando, mas chega o dia...

Quando, finalmente, você consegue a liberação para vestir o seu pijama ou a bermuda com o seu tênis modesto e o boné, curtir alguns dias de felicidade que duram pouco, porque uma nova rotina entra logo na sua vida, chega a realidade a ser enfrentada... além do fato de que você já virou comprador de temperos...

Começa que os que já estavam aposentados, vêem ano a ano o seu salário ser achatado, perdendo poder aquisitivo em relação ao mínimo, que tem tido o privilégio de percentuais maiores. Dá para entender essa jogada e também aquela das bolsas... Tudo bem. Mas, este ano, pelo menos até agora, nem sinal de um reajustesinho... Ficou tudo como antes no quartel de Abrantes!... E, o pior, é que nem dá para reagir. Fazer o que, uma Greve? Onde já se viu aposentado fazendo greve? Inusitado, não?...

A aposentadoria começa, então, a ser um castigo, porque, alem de ter de cuidar da própria saúde, ele não está recebendo o salário que recebia quando estava na ativa. Aquele pouco que recebe não dá, para enfrentar custos sempre mais elevados na farmácia e do resto que o dia-a-dia requer. Na prática, o governo toma de novo aquele pouco que dá, obrigando-o a pagar um plano de saúde que não são todos que podem sustentar... e acabam desistindo! Alguns remédios, se conseguem, mas é uma outra novela . Mais filas e ... mais sacrifícios...

O jeito é apertar o cinto cada vez mais... Na verdade, o governo tem toda a responsabilidade, porque, de acordo com a Constituição, Saúde, educação e moradia, são de sua responsabilidade, mas ,cuidar da saúde no SUS, indo para a fila às três da madrugada para pegar uma senha afim de marcar uma consulta, esperando uns 90 dias? E, quem sabe, até mesmo morrer na fila ou antes de chegar o dia da consulta? Se, realmente tiver a sorte de conseguir a consulta, sai de lá com uma receita e sem dinheiro para comprar os remédios... Se ficar, o bicho come, se correr ele pega mesmo.

E, se houver uma greve dos serventuários? Começa tudo de novo? Acabamos de ver a queda de braço entre o governo do estado e a Prefeitura, que inauguraram 12 postos de saúde sem que estivessem funcionando... É brincadeira? Como confiar nos governos?Escutar o que eles dizem que estão fazendo pela televisão? Não esquecer que obedecemos a três deles, é mole? Ah...a educação?Há seis meses que milhares de alunos estão sem aulas... E moradia? Todos estamos sabendo como é difícil se conseguir uma, ainda mais porque a população cresce cada vez mais e as poucas que são construídas não dão conta da produção.

Na prática, o governo toma de novo, tudo o que dá... quando muda a regra no meio do jogo e nos obriga a pagar por um plano de saúde caríssimo e que não cobre todas as eventualidades. Remédios? Terão que ser comprados. Alguns são distribuídos, mas dá um trabalhão danado e é , praticamente, a mesma coisa que você ir para uma fila do SUS. Sabemos que, quem depende do SUS, com a saúde desorganizada como está, está frito...

Não bastasse o governo, ainda temos que nos preocupar quando vamos apanhar o minguado dinheirinho no banco , com os assaltantes que praticam a tal da saidinha bancária... Por sermos idosos , somos as vítimas preferidas dos malandros, que jogam com a vantagem da surpresa e com a nossa quase nenhuma capacidade de reagir devido a idade e mesmo pela inconveniência da reação.

Pensando bem, até que os idosos conquistaram o privilégio de circularem nos ônibus municipais sem pagar as passagens, mas, como nem tudo são flores, precisam enfrentar alguns motoristas que se comprazem em deixá-los nos pontos e ainda se riem disso, além daqueles que são, realmente grosseiros. É claro que há uma gama imensa de motoristas atenciosos. Mas, há outros, no meio deles, que humilham as pessoas que têm os cabelos brancos ou alguma dificuldade para subir naquele degrau alto da porta da frente do veículo.... muitas vezes precisando de uma ajudazinha.

Ah... estava esquecendo algo que talvez possa ser importante. O portador de DNA (Data de Nascimento mais Antiga) ainda pode pagar meia entrada no cinema ou em um eventual espetáculo de teatro...

Se fosse só isto? Mas, finalmente, a constatação mais dolorosa. O indivíduo que alcança uma certa idade passa a não ser mais gente e é esquecido por todos. Toda a experiência preciosa de uma vida, de trabalho, também é descartada pela sociedade atual. Alguns idosos ainda conseguem um “biquinho” numa empresa e servem para pagar contas em bancos, porque, além de não pagarem passagens em ônibus, têm a preferência na fila para quitar uma carrada de faturas que os próprios bancos não deveriam aceitar naquele guichet !...

Todos os governos se omitem em relação aos idosos. Todos, sem exceção (repetindo: não esqueçam que somos governados por três deles), porque não tenho notícias, pelo menos por aqui, na nossa cidade, de uma instituição oficial seja Federal, Estadual ou Municipal que se interesse pelos cidadãos da terceira idade que são lembrados apenas nos anos de eleições. Aí, sim... Aquele votinho de barba e cabelos brancos, tem o mesmo peso do daquele jovem vigoroso de trinta e poucos anos...Vale quanto pesa !

Ah, o detalhe: se o cabeça branca tiver boa tramitação nas repartições públicas, arranja logo um cargo de secretário não sei de que... e fica tudo arranjado !

Mas dar uma assistência, criar algo que possa acolhê-las como pessoas capazes que são, ninguém se lembrou ou não interessou !

Só para lembrar: na Europa, os maiores de idade, merecem o maior respeito por parte das autoridades, que promovem todos os meios necessários para que eles possam ter um resto de vida digno e sobretudo, serem, ainda, úteis para a sociedade, repassando para a geração futura toda a sua experiência. Enquanto isso, pode até se reunir com os amigos, numa sala ou num clube para conversar, jogar um dominó, uma partidinha de cartas, tudo por conta das suas contribuições do passado, e até conseguir uma excursão de férias a preço favorecido e com pagamento facilitado. O cidadão está fora do mercado, sim, mas não é um inútil. Abriu espaço para um outro que veio depois dele, só isso... Não é abandonado pelo estado, goza de respeito, tem saúde e assistência social ...

Vou seguir o conselho que dão aqui quando chega um turista. Lhe dizem :”sorria , você está na Bahia !” . Me esqueci disso! Também de que estou no Brasil... Acho que estou sonhando. Gente, alguém por aí, quer fazer o favor de dar um grito? Me acordem , mas não riam de mim!

Sarnelli

15.07.2009

sábado, 11 de julho de 2009

Os idosos e a gratuidades nos transportes coletivos


Os idosos e a gratuidade nos ônibus urbanos

Uma das vantagens que as pessoas maiores de 65 anos , conseguiram, que me parece ser a única , é o DIREITO a se utilizarem dos transportes coletivos , por enquanto, apenas dos municipais e no perímetro urbano, é , viajarem sem pagar as passagens, entrando pela porta da frente, para não alterar a contagem da catraca . Até aí, tudo bem. Melhor do que nada , alguma coisa já é bom. Aqui em Salvador, existia uma Lei municipal e a Prefeitura fornecia um “ Cartão do idoso “ que deveria ser apresentado ao motorista. Uma Lei federal atropelou a municipal criando a obrigatoriedade da apresentação de qualquer documento com fotografia e o benefício vale em todos o território nacional , bem entendido, nos perímetros urbanos. Feita a Lei, cumpra-se, não é mesmo ?

Mas tem uma quantidade de motoristas que não vêm com bons olhos a presença dos passageiros de idade mais avançada. Ressalvando, naturalmente, aqueles que recebem as pessoas até com um sorriso nos lábios e têm , inclusive , a alguns cuidados . Contrastam com o comportamento de outros que se incomodam com essa classe de passageiros. Na verdade, como a população está envelhecendo, eles são bastantes , circulando pela cidade.

Há motoristas que se comprazem em deixar idosos nos pontos e passam diretos, mesmo tendo visto que ele pediram a parada . O idoso consegue embarcar quando há passageiros que descem no ponto e então dá para aproveitar a parada . Comportamento inadequado de alguns motoristas que até riem da proeza ! Esses elementos se esquecem que, se tiverem sorte, um dia chegarão lá...

E o que lhes importa se a empresa está ou não recebendo o valor da passagem ? Se esquecem de que ele está considerado na planilha de custo que estabelece o valor a cobrar dos usuários do serviço ?Além do mais, o assunto é problema, se for, da empresa proprietária dos transportes. Eles tem mais é que atender as pessoas de idade avançada como manda a Lei. É uma obrigação, e não um favor.

Sarnelli

07.07.2009


Uma crônica do amigo Reinhard


Esta imagem nada tem a ver com o teor da postagem Está aqui para ilustrar a página e mostrar um pouco de Salvador. Nas suas próximas férias apareça por aqui.




Uma crônica do amigo Reinhard

Uma amiga me mandou um e-mail que fala do porquê de nós brasileiros sermos um povo pobre.

O e-mail diz que o Brasil não tem um povo pobre porque é jovem, já que há países bem mais novos com um povo próspero como o Canadá, a Nova Zelândia, a Austrália. Também não é a falta de território, de terra produtiva, nem de riquezas naturais... O que nos falta segundo o tal e-mail é ATITUDE!

Simplório taverneiro que sou, que escolhe pessoalmente cada batata, cada tomate, cada cebola, ando diariamente em supermercado, ficando de bobeira naquela fila única de caixas rápidas.

Depois do tal e-mail , resolvi aproveitar o tempo e observar a "atitude" das pessoas na fila e no caixa. Além de admirar os que fazem do "momento no caixa" um encontro social, puxando papo com a caixa, enquanto os outros esperam... além de admirar as pessoas que desfilam em vez de se dirigir de modo célere ao caixa a fim de fazer a fila andar, além de tudo isso, venho observando a maneira com que as pessoas se desfazem daquelas cestinhas vermelhas que vinham meio chutando, meio empurrando com os pés, esperando a hora de despejar as compras diante da moça no caixa.

Em vez de colocar aquela cestinha num lugar que não atrapalhe quem vem depois, porém ao alcance para que o próximo cliente possa colocar nela a sua cestinha, muitos clientes de supermercado demonstram total falta de consideração para com o próximo, largando a cestinha de qualquer jeito, no meio do caminho, com as alças dobradas para dentro, impedindo assim um encaixe rápido, facilitado pela conicidade adequada do artefato.

Nesse exato momento surgem duas questões:

1) O porquê das pessoas jogarem as cestas de modo displicente, deixando a encrenca para quem vem depois. Assunto para outro e-mail!

2) O porquê ninguém na fila se manifestar, reclamando com quem deveria ter o cuidado de encaixar a cestinha com as alças para fora, permitindo que o próximo cliente repita a ação sem ter que catar a cesta anterior, arrumando o que já deveria estar arrumado.

Nosso povo maravilhoso não reclama com gente folgada porque reclamar é feio! Reclamar é coisa de pobre!

Eu penso diferente! Quem não reclama, é porque lhe falta aquela ATiTUDE! Quem não reclama não é patriota, não gosta do Brasil como deveria gostar! Quem gosta do Brasil e vê cenas como essa "bobagenzinha" que acabo de descrever, certamente questionará o quanto "bobagenzihas" como essas prejudicam a economia do país, participam do tal "Custo Brasil"!

Se as pessoas reclamassem com quem quer levar vantagem a todo custo e nas mínimas coisinhas, se as pessoas apontassem de modo sereno o que outra gente qualquer está fazendo de errado, prejudicando a coletividade, com o tempo essa gente folgada pensará duas vezes antes de cometer um deslize.

Reclamar não é fácil! Mesmo que a gente sinta no fundo do coração a agressão por parte de gente mal educada, o nosso tom de voz deve ser brando, deve ter a doçura de uma professorinha de pré-maternal, pois nesta nossa terra apaixonantemente pirada existe um fenômeno único no mundo: o de perder a razão!

Se a gente reclama com alguém que nos causa algum prejuízo, atrasando alguma ação nossa ou colocar nossa vida em perigo por desobedecer alguma lei de trânsito, dirigindo de modo ofensivo, não é raro que o infrator negligente e criminosamente displicente abra a boca dizendo:"Precisa essa agressão toda? Precisa disso??" Pronto! De agressor, o filho da mãe passou a ser vítima... e a vítima perdeu a razão, tornando-se num passe de mágica no pior de todos os vilões! Coisas da Bahia!

Está na hora de mudar isto!

Simplório taverneiro que sou, vivo diariamente um bocado de situações em que gente folgada tenta "invadir a minha praia", querendo transformar o meu espaço austríaco num boteco qualquer. Gente que vem de roupa de banho, quer apenas encher a cara, quer apenas usar o nosso banheirinho limpinho com o pé cheio de areia da praia do Porto da Barra, quer por o pé ou a perna na cadeira ao lado... sem falar do poder público que não faz a parte dele. Não é fácil manter a ordem quando o bairro inteiro parece conspirar contra o nosso restaurantinho temático e a favor da baderna. Não importa o que acontece nos bares na vizinhança! Eu cuido dos poucos metros quadrados que me cabem na Rua Cézar Zama no Porto da Barra. A minha clientela sabe que vindo ao Bistrô PortoSol vai encontrar um espaço austríaco bem parecido com o que havia na Europa ainda no pós-guerra. Naquele tempo vivemos um período precioso de ordem e de progresso!

Talvez seja isso que me autoriza a dizer todas essas besteiradas com que acabo de tomar o seu precioso tempo agora.

abraços gastro-etílicos


A publicação deste crônica foi autorizada pelo seu autor.;

Reinhard Lackinger


sexta-feira, 10 de julho de 2009

Recordação e saudades de velhos tempos




Forte de Santa Maria, na praia do Porto da Barra , na minha opinião a melhor de Salvador. Esta foto está aqui apenas para ilustrar o texto que virá a seguir.






Um passeio a Campos de Jordão


Início dos anos 50 , estava em Santos por motivo de trabalho. Tinha dois amigos que moravam perto de casa , um deles sobrinho do pároco da Igreja do bairro , a Igreja de Nossa Senhora de Pompéia.
Éramos praticamente inseparáveis às noites e nos dias de folga , pois cada um de nós tinha o seu trabalho. Foi quando a sobrinha do Padre se casou na igreja do tio e eu fui convidado pelo Moacir, sobrinho do padre , a ir com ele, junto com o Afonso,o terceiro homem , até Campos de Jordão. A nossa missão era levar o casal em lua de mel. Claro que topei ! Era época de férias mesmo ! Época de temporada, fins de janeiro, início de fevereiro, não me lembro com certeza absoluta, mas foi nesse época. Era verão O Moacir dispunha de um Ford 40 que não estava em bom estado . Além das bagagens, carregamos até alguns pneus , pois não confiávamos nos nossos e providenciamos tudo o que achávamos que precisaríamos na viagem e durante os dias em que ficaríamos em Campos . Os noivos ficariam lá e nós voltaríamos por nossa conta. Os problemas começaram bem cedinho. Na saída de Santos, na subida da Serra para São Paulo, onde foi necessário parar diversas vezes para esfriar a máquina e colocar água no radiador. Quando pegávamos um trecho plano , tudo ia mais ou menos bem,mas era preciso tomar cuidados com os com os freios O carro, praticamente , não os tinha... Em suma, tínhamos um calhambeque cheio de problemas e três jovens dispostos à aventura . Passamos por São Paulo, com bastantes cuidados, pegamos a via Dutra , que, na época, não era tão movimentada ,e fomos em frente . Tivemos que mudar de estrada e foi aí que os problemas de verdade começaram a acontecer. Nos primeiros quilômetros , uma bela paisagem de campos com gado pastando tranqüilamente, uma casinha aqui, outra acolá , encarapitadas sobre uma colina , ao longe, rodeadas de árvores frondosas que deveriam estar fornecendo aquela sombra amiga àquelas casinhas quase solitárias envoltas por tanto espaço e tranqüilas. A paisagem se repetia . Mas, sempre existe o mas... quando começaram a surgir as subidas o velho Ford 40 começava a cansar das pernas, quero dizer, das rodas e do radiador.. Era preciso parar de vez em quando, deixar esfriar o motor, recolocar água, que precisávamos sempre providenciar e ter à mão para não ficar sem e pelo caminho, e seguíamos aos pedaços, ou trechos por trechos, como preferirem. Não esquecer que éramos em cinco , as bagagens e as subidas . Mas precisávamos controlar as descidas também, o que era feito através da caixa de marcha e com aquele pouco freio que restava. Em alguns momentos foi preciso que eu de um lado e Afonso do outro, descessemos para segurar o carro no muque ajudando-o a parar. Isto, sem contar alguns pneus explodidos. Mas explodidos mesmo! Mas, como tínhamos “ aquela reserva “ no bagageiro, deu para chegar ao nosso destino depois de tanto subir e descer por ladeiras. Foi uma viagem de horas, de tensão, que nos deixou exaustos. Finalmente, chegamos a Campos de Jordão !

Deixamos o casal num hotel e, como não tínhamos reserva alguma, saímos à procura. Encontramos uma pousada sobre uma pequena colina e com muito custo , conseguimos um quarto com uma cama de casal ! O que foi difícil, foi determinar quem dormiria no meio, mas houve negociação e, durante os dias que lá estivemos, houve alternância . A pousada, do jeito que era, servia para nós. Jovens, solteiros, com a grana curta ,iríamos passar mesmo o dia pelas ruas... O chato foi que as divisões eram de madeira e o nosso vizinho, soubemos que era um escritor, mas nunca lhe vimos a cara . À noite, fazíamos um pouco de barulho com conversas e risadas que incomodavam o intelectual do lado...Felizmente fomos embora antes que nos expulsassem...
Num dos nossos passeios, aconteceu uma coisa engraçada. Estávamos caminhando por uma espécie de parque, quando eu vi uma tabuleta com uma seta , presa a uma árvore. Hei, pessoal ! Uma cachoeira, vamos vê-la ? Claro, os dois concordaram e lá fomos nós. Caminhamos um bom tempo e nada de cachoeira. Passou um caboclo montado num cavalo magro , lembrando o Rossinante de Don Quixote , com quem começamos uma conversa, inicialmente sobre o tempo na região . É... o tempo aqui é danado . Quem ta bão fica doente e quem está doente morre ,. Disse ele...! rsrsrsrsr . Mas diga aí mestre , quanto tempo falta para chegarmos à cachoeira ? Cachoeira ? Não sei não sinhô . Mas eu vi uma placa grudada numa árvore ali adiante ! Ah, moço . Não é cachoeira não. O que tem daqui pra adiante é uma cocheira ! Caí do cavalo ! Na volta fui conferir a placa. Lá estava “ cocheira “ e a seta indicando a direção. Nunca chegamos à ela. Voltamos à cidade , ainda por volta das 11 da manhã e entramos num boteco muito simples , pedindo umas loirinhas geladas. Estávamos em pleno verão, embora estivéssemos usando malha com mangas compridas. O homem se abaixou e pegou duas garrafas de cerveja que estavam no chão de cimento e encostadas à parede e eu lhe disse : Senhor, nós queremos a cerveja gelada ! Num se preocupe, tão geladas . E estavam mesmo !

Voltamos para Santos, numa reedição da viagem de ida. Os mesmos transtornos da ida mas já éramos veteranos e chegamos inteirinhos em casa.

Sarnelli
09.07.2009




quinta-feira, 9 de julho de 2009

As trapalhadas do meu amigo Zequinha



Visão da praia e farol da barra , com o início da av.Oceânica e o imponente Ed.Oceania. Esta foto está aqui apenas em caráter ilustrativo e nada ter a ver com o texto a seguir. Mostra apenas um pedaço da Salvador encantada.



A história do Zequinha

( fato verídico, nome fictício )

Zequinha é um amigo nosso ,um tipo filósofo e muito desligado,casado com a filha de um compadre, amigo de infância , infelizmente já falecido.

No último domingo, o Zequinha resolveu sair para ir comprar umas batatinhas fritas, penso que para acompanhar umas loirinhas no almoço. Antes de sair, se lembrou de tomar o seu remédio para o controle da pressão . Depois disso, saiu e demorou um bocado para voltar. Demorou tanto, que chegou a preocupar a família que o esperava para o almoço. Mas demorou...e bota demora nisso !

Quando chegou, com uma cara abobalhada , fazia as coisas com gestos lentos que deixaram os presentes curiosos e de olho nele ... Bem ,aconteceu o almoço e o rapaz naquele estado ,levantando os talheres como se fossem halteres , quase enfia a cara no prato ! Depois se acomodou no sofá e dormiu como uma pedra . Chegou a ser deslocado para a própria cama, onde virou a noite...Acordou sem se lembrar de coisa alguma ! Não percebeu que havia almoçado. Se lembrava apenas de algumas poucas coisas , porém muito vagamente ...Havia uma espécie de neblina , uma névoa ,na sua mente !

Mas a curiosidade persistia . As pessoas queriam saber o que havia acontecido com o Zequinha. Verificaram que ele havia feito algo que nunca fez : estacionara o carro sobre a calçada !

Ele tinha ido e voltado de carro , gente , que coisa !... O que teria acontecido ?

Mas o mistério foi desvendado quando, no dia , seguinte ele começou a voltar à real, após uma tarde e uma noite de sono .Se lembrou que, empurrando o carrinho de compras, atropelava as pessoas zanzando pelos corredores...

Pergunta vai pergunta vem , se constatou que ele , como sempre , um grande distraído , pegou,no lugar do seu remédio para controlar a pressão , medicamento que a sua esposa usa para dormir e sem o qual não passa.Tarja preta ! Depois do remédio, desceu para a rua, pegou o carro e lá se foi ele dirigindo após haver ingerido um comprimido de Rivotril de 2 mg ! Claro que a situação piorou depois do almoço, quando ele fez a dobradinha do Rivotril com a cerveja que conseguiu beber...

Tomara que, a partir de agora, preste um pouco mais de atenção às coisas...

Sarnelli

07.07.2009 ,


quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ainda a praia de Santana no Rio Vermelho


É preciso que as autoridades voltem as suas vistas para a praia de Santana no Rio Vermelho que está precisando de uma grande intervenção .
Além de ter sido favelizada, vivem ali gatos, cães, galinãceos e até ratos . Na foto, um deles que resolveu aparecer para a fotógrafa do Blog do RVO , para fazer uma pose !.. Enquanto o CRA coloca placas informando que a praia está boa para o banho, a areia está totalmente contaminada.

Ainda sobre a para de Santana - R.Vermelho

Relação entre o bicho geográfico e o bicho homem


Reportagem publicada hoje no Jornal a Tarde alerta para proliferação do “bicho geográfico” na areia de parques e praias. A larva migrans é um parasita encontrado no intestino de animais como cães e gatos e, em contato com a pela humana, causa lesões que podem desenvolver infecções.A areia é a maior fonte de contaminação porque as fezes dos animais se misturam e a pessoa não vê. Com essa noticia fico imaginando a quantidade larvas que proliferam no Rio Vermelho começando pela praia de Santana onde tem um verdadeiro criatório de cachorros, fora os animais sem dono que circulam pelo bairro, que ficam nas quadras da Paciência e na grama, e dos que são levados pelos donos para fazer as necessidades nas praças e jardins.Tomara que todos eles peguem esse “bicho geográfico”, quem sabe assim aprendem a cuidar melhor do meio-ambiente.


Você pode acessar também os 2 comentários já publicados

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O metrozinho de Salvador




Esta foto nada tem a ver com o artigo reproduzido a seguir. Está aqui para ilustrar a página, e mostra o encanto da Baía de todos os Santos com o seu mar azul, o Forte de São Marcelo, o casarão do Mercado Modelo..



O metrôzinho baiano

É uma novela que já vem de longe, muito parecida com “ O direito de nascer “, para quem se lembra !

Estou com a edição do dia 26 de junho em mãos e vou reproduzir uma seqüência de notas que mostra o drama desde o começo.

Vamos lá ?

A edição anteriormente citada saiu com uma reportagem com o título de “ Fora dos trilhos “ e, é evidente , que se refere ao nosso metrôzinho...

Ele , o jornal , faz um resumo, ou um passo a passo da história que transcrevo, na íntegra, a seguir:

1986 - embrião

Na administração de Mário Kertéz (1986 a 1989 ) foi projetado o veículo leve sobre Trilhos (VLT) que ocuparia os canteiros centrais das avenidas de vale da cidade. O projeto do chamado bonde moderno sofreu pressões políticas e o governador à época, Antônio Carlos Magalhães , não quis financiá-lo.

1996 – Projeto inicial

Na gestão de Antônio Imbassahy, a Prefeitura criou o primeiro projeto do metrô de Salvador, que, inicialmente teria 28 estações , 48 km de extensão e transportaria cerca de 400 mil usuários por dia.

2000 – começam as obras

A companhia de transportes de Salvador (CTS) foi criada para administrar o metrô, em 1999 , e, no ano seguinte começaram as obras.

2003 – Extensões reduzidas

Devido a “ verbas insuficientes “, a extensão inicial de 12 km da primeira etapa foi reduzida à metade , tornando-se o metrô calça-curta de apenas 6 km.

2005 – Elevação

O projeto inicial do metrô sofreu a principal modificação a implantação da pista elevada da Avenida Mário Leal Filho, a Bonocô. A modificação, além de encarecer a obra , gerou polèmica entre especialista.

2007 – Embargo

O Tribunal de contas da União’ (TCU) determinou a retenção de R$ 20 milhões por irregularidades e suspeitas de superfaturamento nas obras. No final de 2008, mais 50 milhões foram cortados.

2009 – Novo cronograma

O cronograma apresentado em março pelo Consórcio Metrosal estabeleceu o prazo final para a entrega das obras da primeira etapa em 31/10. A promessa é entregar o metrô à

população em janeiro de 2010.

A parte mais interessante vem agora: Sob o título de

Especulações sobre tarifa

Vem o seguinte texto, reproduzido também na íntegra :

Existem apenas especulações referentes ao valor das tarifas. O Presidente da Comissão de Transportes da Câmara, Jorge Jambeiro , chegou a afirmar que a passagem poderia custar R 15, “ A tarifa era R$ 3 se fossem levadas 200 mil pessoas . Só que esse trecho até a Rótula do Abacaxi levará 40 mil por dia. Evidentemente , essa tarifa será cinco vezes mais cara “ , afirmou. Mas o Diretor da CTS, Herbert Motta, garante que nada está acertado. “ Fazem parte do escopo do trabalho as definições de tarifas do processo de integração com os ônibus. Já foram feitos dois Seminários internos da Prefeitura para discutirmos os detalhes apresentados pela empresa Trends”.

Outra pergunta sem resposta é o número estimado de passageiros. No projeto inicial , a idéia era transportar 400 mil pessoas por dia. Hoje, a estimativa já caiu para 180 mil, 40 mil no primeiro trecho. E tudo não passa mesmo de especulação, uma vez que, de acordo com a CTS, esta definição também depende dos tais estudos. A empresa Trend’s foi procurada pela reportagem , mas alegou não poder dar nenhuma declaração sem autorização da CTS que, por sua vez, informou que uma cláusula contratual impede a divulgação do relatório da consultoria .

Matéria repassada por Sarnelli

Fonte: Jornal da Metróplole

Edição do dia 26.06.2009